São pequenas coisas que controlam a vida, coisas "invisíveis aos olhos"
As grandes coisas dependem das pequenas
Aquilo que é maior que a vida depende do alimento que recebe dentro de cada um
Mas, o que tem o tamanho da vida depende simplesmente do tempo
E vive e trabalha e cansa e renova e segue
A pequenos passos, ou pulsos
A grandes saltos, ou abstenções.
Fer Perl©
É uma trilha. A poesia encontra-se logo depois, em uma clareira.
8.31.2016
8.29.2016
Nós e aquele vírus intelectual que nos perturba
Só nos magoa quem está dentro de nós. Talvez, em uma tentativa de sair.
Talvez, por projetarmos na pessoa expectativas que não são reais.
Criamos um mito ou, simplesmente, queremos sempre ter razão.
A vida é assim, a gente magoa quem a gente ama. A gente é magoado por quem a gente ama. Mas, como disse outra vez: “só nos magoa quem está dentro de nós”. Se, de alguma forma, alguém tomou espaço em seu coração, os sinais dessa pessoa passam a ter mais intensidade na sua percepção. Ou seja, uma palavra vale mais. Uma bronca pesa mais. Um sorriso tem mais significado. Por que você permitiu que essa pessoa passasse a fazer parte de si. Umas menos, outras mais.
Alguém falou, um dia, que quando a gente grita, em uma discussão, é por que o outro está afastado do nosso coração e não de nós fisicamente.
E existem tantas formas de nos magoarmos, não é mesmo? Basta um olhar reprovador, uma palavra dura, uma falta de atenção. Mas, quando nos colocamos na posição contrária, quando olhamos de fora, percebemos que, muitas vezes, nós nos magoamos por nada. É que aquele amigo, ou amiga, falou a verdade e isso você não queria ouvir. E, talvez, a dor seja por que ele/ela, tenha razão. Ou quando esperamos pela resposta de alguém que silencia, parece uma afronta. Começamos a conversar conosco mesmos na tentativa de entender.
E tudo vai virando uma bola de neve.
Muitas vezes, a outra pessoa nem nota o que está acontecendo e, quando percebe, você já jogou a toalha. Quantas amizades acabam assim? Quantos relacionamentos bons? Falta de diálogo? Às vezes, sim. Mas, às vezes, é aquele vírus intelectual a quem chamamos de orgulho o causador da dor. Nem é a ausência da pessoa, ou o que ela falou, mas o nosso orgulho ferido que passa para nós(como fazem os próprios vírus) o seu material genético e sobrevive através das nossas forças, minando-as.
Se nos magoam, cabe a nós decidir o que fazer com o que fica. Não dá para falar que é fácil perdoar e continuar do ponto de onde se parou, como se nada tivesse acontecido. Afinal, como em uma virose, existem os sintomas, a produção de anticorpos, todo um processo. Nós mudamos à medida das nossas experiências. Ficamos mais imunes. Mas, dependendo do significado da pessoa na sua vida, aos poucos, com paciência e insistência calma, ela consegue ir voltando ao seu lugar dentro de nós, não é?
Do outro lado, quando somos nós quem causamos a dor, cabe a nós a paciência da espera do tempo do outro e a busca por mostrar nosso arrependimento sincero. Por que ninguém está livre de cometer erros, de magoar a quem se ama. Ainda mais a quem se ama! E como dói, também, em nós quando magoamos pessoas assim. É, exatamente, o pedacinho do nosso ser que agora é habitado por ela.
A vida é assim, a gente magoa quem a gente ama. A gente é magoado por quem a gente ama. Mas, como disse outra vez: “só nos magoa quem está dentro de nós”. Se, de alguma forma, alguém tomou espaço em seu coração, os sinais dessa pessoa passam a ter mais intensidade na sua percepção. Ou seja, uma palavra vale mais. Uma bronca pesa mais. Um sorriso tem mais significado. Por que você permitiu que essa pessoa passasse a fazer parte de si. Umas menos, outras mais.
Alguém falou, um dia, que quando a gente grita, em uma discussão, é por que o outro está afastado do nosso coração e não de nós fisicamente.
E existem tantas formas de nos magoarmos, não é mesmo? Basta um olhar reprovador, uma palavra dura, uma falta de atenção. Mas, quando nos colocamos na posição contrária, quando olhamos de fora, percebemos que, muitas vezes, nós nos magoamos por nada. É que aquele amigo, ou amiga, falou a verdade e isso você não queria ouvir. E, talvez, a dor seja por que ele/ela, tenha razão. Ou quando esperamos pela resposta de alguém que silencia, parece uma afronta. Começamos a conversar conosco mesmos na tentativa de entender.
E tudo vai virando uma bola de neve.
Muitas vezes, a outra pessoa nem nota o que está acontecendo e, quando percebe, você já jogou a toalha. Quantas amizades acabam assim? Quantos relacionamentos bons? Falta de diálogo? Às vezes, sim. Mas, às vezes, é aquele vírus intelectual a quem chamamos de orgulho o causador da dor. Nem é a ausência da pessoa, ou o que ela falou, mas o nosso orgulho ferido que passa para nós(como fazem os próprios vírus) o seu material genético e sobrevive através das nossas forças, minando-as.
Se nos magoam, cabe a nós decidir o que fazer com o que fica. Não dá para falar que é fácil perdoar e continuar do ponto de onde se parou, como se nada tivesse acontecido. Afinal, como em uma virose, existem os sintomas, a produção de anticorpos, todo um processo. Nós mudamos à medida das nossas experiências. Ficamos mais imunes. Mas, dependendo do significado da pessoa na sua vida, aos poucos, com paciência e insistência calma, ela consegue ir voltando ao seu lugar dentro de nós, não é?
Do outro lado, quando somos nós quem causamos a dor, cabe a nós a paciência da espera do tempo do outro e a busca por mostrar nosso arrependimento sincero. Por que ninguém está livre de cometer erros, de magoar a quem se ama. Ainda mais a quem se ama! E como dói, também, em nós quando magoamos pessoas assim. É, exatamente, o pedacinho do nosso ser que agora é habitado por ela.
Remexer-se dentro do coração de alguém, pode sim causar dores muito
fortes. Voltar à conformação de antes, talvez, seja quase impossível.
Daí, a palavra mágica “perdão”. Mas, que de mágica não tem nada.
Funciona como uma vacina, para as próximas investidas do vírus do
orgulho que, como tantos, sofre mutações.
Não acontece de repente. É um processo. Porém, esse processo só se inicia a partir do momento que um(a) aperta o botão do querer. Querer perdoar é o primeiro passo. Aliás, querer é o primeiro passo de qualquer motivação. E que, se não houver motivação nenhuma, o próprio querer ficar em paz seja suficiente para desengatar esse processo, que pode ser longo, mas pode acontecer em pouco tempo. Repouso, muito líquido e vitamina, quer dizer: sinceridade, coragem e equilíbrio na oração. Por que existe a questão do amor próprio, também. Mas, essa é outra reflexão.
Tem coisa que é você e suas certezas. Você e suas convicções. Você e seu mundo. Você e suas decisões. Você e Deus. Sem falsos arrependimentos. Sem autojulgamentos ou qualquer complexo de inferioridade(superioridade). Sem medo ou receio. Pois, ficar livre das amarras que nos seguram, nos permite voar. Principalmente, se elas são microscópicas, invisíveis mesmas aos olhos. E, levantar da cama disposto, tomar um banho morno e partir para a vida motivado, não tem nada melhor. Combata e voe. Todo mundo é capaz.
Fer Perl©
Não acontece de repente. É um processo. Porém, esse processo só se inicia a partir do momento que um(a) aperta o botão do querer. Querer perdoar é o primeiro passo. Aliás, querer é o primeiro passo de qualquer motivação. E que, se não houver motivação nenhuma, o próprio querer ficar em paz seja suficiente para desengatar esse processo, que pode ser longo, mas pode acontecer em pouco tempo. Repouso, muito líquido e vitamina, quer dizer: sinceridade, coragem e equilíbrio na oração. Por que existe a questão do amor próprio, também. Mas, essa é outra reflexão.
Tem coisa que é você e suas certezas. Você e suas convicções. Você e seu mundo. Você e suas decisões. Você e Deus. Sem falsos arrependimentos. Sem autojulgamentos ou qualquer complexo de inferioridade(superioridade). Sem medo ou receio. Pois, ficar livre das amarras que nos seguram, nos permite voar. Principalmente, se elas são microscópicas, invisíveis mesmas aos olhos. E, levantar da cama disposto, tomar um banho morno e partir para a vida motivado, não tem nada melhor. Combata e voe. Todo mundo é capaz.
Fer Perl©
O que você lê se transforma em você
O que significa curtir uma postagem? Você não é a mesma pessoa desde que
começou a ler isto. Vamos nos modificando. E sermos pessoas melhores
depende do que estamos deixando que tenha passagem livre através de
nossas janelas.
Essa frase me ocorreu outro dia. E ela quer dizer muito. “Ler” aqui não significa apenas o ato de pegar um texto e decodificá-lo através da leitura. Trata-se das ideias que você concebe para si, dos aprendizados e experiências.Com o advento do Face, nós nos acostumamos a “curtir” alguma coisa que publicam, mas ainda não temos a chance de “não curtir” da mesma forma o que não gostamos, pois não há a mãozinha sinalizando o polegar para baixo (dizem que já existe por aí). Bem, porém, aquilo que lemos, ou a imagem que vemos antes de clicar em curtir precisa achar consonância, em nós, com o que concordamos sobre determinado assunto. Ou mesmo, com aquilo que achamos engraçado Quando nos identificamos com algum tipo de leitura, filme, ambiente, jeito de ser, etc, isso diz muito sobre a nós. Não é à toa que tendemos a nos aproximar de quem tem gostos parecidos com os nossos.
Essa frase me ocorreu outro dia. E ela quer dizer muito. “Ler” aqui não significa apenas o ato de pegar um texto e decodificá-lo através da leitura. Trata-se das ideias que você concebe para si, dos aprendizados e experiências.Com o advento do Face, nós nos acostumamos a “curtir” alguma coisa que publicam, mas ainda não temos a chance de “não curtir” da mesma forma o que não gostamos, pois não há a mãozinha sinalizando o polegar para baixo (dizem que já existe por aí). Bem, porém, aquilo que lemos, ou a imagem que vemos antes de clicar em curtir precisa achar consonância, em nós, com o que concordamos sobre determinado assunto. Ou mesmo, com aquilo que achamos engraçado Quando nos identificamos com algum tipo de leitura, filme, ambiente, jeito de ser, etc, isso diz muito sobre a nós. Não é à toa que tendemos a nos aproximar de quem tem gostos parecidos com os nossos.
Parece brincadeira, mas tudo o que aprendemos se transforma em nós. Por
isso o título dessa pequena reflexão. Nosso cérebro vai criando novas
conexões, à medida do nosso aprendizado e experiências. Por isso, ao meu
ver, seja tão importante ler sobre vários assuntos. Mas, procurar uma
linha de raciocínio o mais próximo da verdade, da realidade, mais
coerente. Algo do tipo “matemático”, onde as premissas precisam dizer
muito das conclusões. Como? Procurando conhecer quem escreveu tal livro,
disse tal coisa, ou dirigiu tal filme e em que circunstâncias isso
aconteceu. Suas convicções, seu ponto de vista sobre assuntos
importantes. Todos têm algo bom a ensinar. Mas, o assunto principal em
pauta é o que importa na sua escolha. É como uma ideia que se multiplica
e que acaba sendo absorvida por muitos sem questionamento. Esse é o
perigo de algumas ideologias.
Quando entramos em uma discussão com “quem entende do assunto”, é
importante tentarmos enxergar os vários pontos de vista entre os
especialistas. A partir daí, vamos construindo nossa própria opinião.
Irão surgir dúvidas. Que elas surjam! Pois, é a partir delas que podemos
formular uma “certeza”. As certezas não precisam ser fechadas em si
mesmas, para não corrermos o risco de nos tornarmos “convictos” em tudo e
não darmos espaço para questionamentos, nem ao menos, sabermos defender
nossa opinião. Não! Por mais que se tenha certeza de algo, depois de
estudar, questionar, tirar dúvidas, é importante saber ouvir. Quem é
“convicto” nunca cresce, pois acha que já sabe o suficiente. Nunca se
sabe o suficiente. Daí, a Pesquisa estar sempre aberta a novas
descobertas, por exemplo. As Teorias, vez ou outra, sofrem modificações.
As doutrinas são revisadas. Os alicerces são fortalecidos.
Porém, isso não quer dizer dar bolas para qualquer tipo de fala. Não!
Quando perceber que se trata de algo que já está bem acomodado e que
aquilo é, na realidade, uma etapa anterior à que você se encontra, não
dê atenção. Por exemplo, quando você vê o refrigerante como algo
delicioso que parece matar a sede e cai bem em qualquer lanche, você nem
ao menos questiona o que está bebendo, apenas vive o momento. Até que
um dia, por curiosidade, ou necessidade, você acaba tendo de procurar
saber um pouco mais. E fica sabendo dos ingredientes, das consequências
do excesso de uso, etc. Você passa a enxergar o refrigerante com outros
olhos e, muitas vezes, até decide não beber mais. Se alguém chega para
você e argumenta que não há outra bebida mais deliciosa para se ter em
um lanche com os amigos e se a pessoa não tem a menor noção de que é
feito um refrigerante, você pode descartar tal argumentação feita pela
pessoa, pois já haverá passado por ela e se aprofundado um pouco mais.
Claro, se a pessoa quiser saber, você pode orientá-la, senão, deixe
quieto. Que ela aprenda por si mesma. Mas, com certeza, você terá
deixado uma pulga atrás de sua orelha.É assim em vários assuntos, em
tudo. Não basta saber por saber, crer por crer, gostar por gostar, é
preciso ter argumentos, mesmo que sejam para si próprio. Daí, você não
ficará tremendo à menor ventania. É preciso estudar, ler, ouvir, ver
outros pontos de vista. Isso é crescer intelectualmente, também.
Aquilo que vai se transformando em nós, também vai definindo nossos
pontos de vista, nossas escolhas. Não aceite apenas algo pronto. Tente
entender como tal coisa foi feita. Dá um pouco de trabalho sim. Mas,
depois que se começa a refletir, passa-se a exercer cidadania, a
perceber que por mais que pareça pouco, o que você fizer pelo bem
precisa ser feito mesmo assim. Há toda uma indústria de marketing que
tenta dizer o contrário e convence pela borda.Mas, no que depender de
você: procure boas leituras, faça boas escolhas. Elas serão você. Isso é
ser livre. Ah, e quando descobrir que está errado sobre algo, tenha a
humildade de reconhecer. Os verdadeiros sábios são simples.
Fer Perl©
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